Saturday, June 24, 2006

Conversas...

É verdade, 2 post em tao pouco tempo!! Até eu estou espantado comigo mesmo!

Estou a escrever este post porque hj percebi k tinha uma concepção do futuro muito errada.

Esta tarde ia a andar pelo passeio e estava um tipo a falar ao telemóvel a andar lentamente a minha frente.

Era um homem já com os seus quarenta anos certamente. Akele tipo de pessoa que estamos habituados a associar (pelo menos eu estava) a uma socialmente “normal”. Uma pessoa de família, com a sua esposa, os filhos, um emprego estável, casa própria, 1 bom carro para ele, 1 carro citadino para a esposa, filhos a tirar um curso em alguma universidade, uma sogra incomoda, vários colegas de trabalho mas poucos amigos, uma vida dividida entre o trabalho e a família onde muito raramente lá acontece uma extravagancia e vai com a família jantar fora, uma relação familiar estável e monótona que se arrasta pelo tempo.

Ora, isto é o tipo de vida que eu achava que mais tarde ou mais cedo, inevitavelmente, iria acontecer a cada um dos jovens de hoje. E que os problemas típicos da juventude iriam desaparecendo com o passar do tempo dando lugar á estabilidade e ate alguma passividade. Não digo que seja certo, apenas achava que seria inevitável para todos.

Mas ao passar por este homem não pude deixar de ouvir parte da conversa que ele tinha com uma Carla, que eu passo a transcrever (aproximadamente):

- Carla, queria falar ctg por causa do que se passou no outro dia.

- (…) (isto é a resposta da Carla que eu, obviamente, não estava perto o suficiente para ouvir, relembro k isto era uma conversão ao telemóvel!)

- Acho que aquilo foi um erro e não devia ter acontecido.

- (…)

- Deviamos ter parado, não devíamos ter continuado. Eu não quero criar problemas.

- (…)

- Pois, peço-te que penses nisso. Pensa em ti, pensa nos teus filhos.

- (…)

- Temos que pensar nos nossos filhos, não quero estragar a vida deles, a minha já nem me importo, so ca estou mais uns 20 ou 30 anos, agora eles não merecem.


E foi isto, depois já ia demasiado longe para ouvir o resto da conversa.

Ora, isto pode ser 1001 coisas, claro que a primeira ideia é logo – comeram-se!!

Pode ate nem ter sido nada disso, pode ter sido a coisa mais inocente do mundo, sei la… podiam ser ando divorciados com filhos do casamento anterior e estarem a ter uma união/casamento e podem ter perdido muito dinheiro no casino por exemplo, deviam ter parado, mas continuaram a jogar…e lixaram-se…

Mas esse cenário não tem piada. O que eu achei interessante foi que, afinal, nem sempre com o tempo os problemas típicos da juventude deixam de acontecer.

Claro que é comum ver-se casos de infidelidade no casamento, divórcios, problemas matrimoniais, etc, etc.

Mas aquela conversa era mesmo a conversa típica de 2 putos (em comparação á idade dele) na manha seguinte a se terem comido numa noite de copos (tirando a parte dos filhos, á partida).

Claro que os “mais adultos” tb dão, as vezes, as suas escapadinhas, mas nunca tinha imaginado a conversa consequente e a imagina-la, nunca seria nada desse género.

Parece que pelo menos, o passar do tempo, não tem necessariamente que nos levar o espírito jovem…

So deixei aki este post pk achei akela conversa fez-me pensar em algumas coisas e queria aki deixa-la antes que me eskecesse dos detalhes. Talvez vos faça pensar tb, ou então não…

Bom, mas por falar em noite de copos, esta na hora de me por a andar ;)

Allex


PS: Haa, já tenho os parafusos para a cómoda :p Agora vamos la ver se me deram os correctos. Kd fui á tal loja reclamar pessoalmente já la tinham os parafusos prontos para eu levantar. Não estava a espera…

Wednesday, June 21, 2006

Parafusos…

Esta semana comprei uma cómoda numa conhecida cadeia de lojas de mobiliário, que não vou revelar o nome, mas posso adiantar que o nome começa por M e acaba em R, com um F pelo meio…

Achei que seria importante comprar a cómoda a partir do momento que percebi que já não tinha cadeiras onde me sentar porque todas elas estão ocupadas com molhos de roupa dobrada.

Mas o mais giro é que kd cheguei a casa, confiante que a nova akisiçao iria resolver todos os meu problemas, não so ia libertar as cadeiras, como ainda tinha o bónus de poder colocar tralhas no tampo da cómoda, enfim a mãe de todas as soluções.

Abro a caixa de papelão, tiro as primeiras partes da cómoda, dou uma olhada nas instruções de montagem e retiro as restantes partes da caixa.

Tudo parecia perfeito.

Pah, podem-me chamar de perfeccionista mas na minha opinião havia um ligeiro problema. Não havia parafusos para montar a cómoda…

Mais tarde, ainda sem cadeiras, liguei para a referida loja a perguntar se eles não tinham para la os meus parafusos.

Ate foi uma chamada interessante, a senhora prontamente localizou a ficha de cliente e verificou o processamento da compra e respectiva referência do produto adquirido.

Presumo que esta parte, como deve ser comum em todos as chamadas recebidas, deve estar mais bem treinada, dai ter tudo corrido tão bem.

Depois começamos a entrar no assunto propriamente dito e a coisa ficou mais difícil.

Se calhar posso estar a ser demasiado exigente novamente, mas acho que não é normal, depois de alguém reclamar a dizer k comprou um móvel em kit e a caixa não trazia parafusos, perguntarem: “Mas chegou a montar a cómoda?”

Ao que eu tive que responder, “Como é que eu monto uma cómoda sem parafusos?”

Nessa altura a senhora acho que seria necessário verificar com o responsável do armazém a existência ou não dos meus parafusos.

Depois vem o segundo ponto interessante. Eu acho k no início da chamada me enganei e chamei “estante” em vez de “cómoda” ao móvel em causa. Aqui relembro que a parte de maior sucesso da chamada foi a localização da referência do produto comprado, que supostamente deve identificar claramente o produto.

Eles levaram de tal modo a sério essa minha troca de “cómoda” por “estante” que estiveram algum tempo a tentar-me convencer que o produto que eu tinha comprado não tinha gavetas.

- Mas o seu móvel não tem gavetas!

- Tem sim, eu comprei de propósito akele móvel exactamente por causa das gavetas.

- Não, mas este produto não tem gavetas.

A coisa so acalmou quando eu disse:

- Bom vamos la ver uma coisa, eu não sei se isso é um erro ai do vosso sistema ou não, mas eu tenho as gavetas em casa! Só não tenho os parafusos para montar a cómoda!

Depois então a estratégia de saída foi:

- Haaa, então é uma cómoda, não é uma estante.

Como quem diz: “Sabe, o nosso sistema informático é um insulto á própria palavra “sistema” porque apesar de ter localizado o numero da factura, ficha de cliente, referencia de produto e tudo o resto, não consegue comunicar ao operador a diferença entre uma estante e uma cómoda. De facto, você poderia até ter comprado uma almofada que nos iríamos na mesmo procurar pelos parafusos (da almofada).”

Resumindo e concluindo, eles vão ver se encontram uma dúzia de parafusos num armazém, certamente com umas boas dezenas de metros quadrados e umas centenas de caixas onde por sua vez, há outros parafusos que não akeles que eu preciso. Pelo andar da coisa, eu não acho difícil que eles localizem uma dúzia de parafusos, tenho duvidas é que sejam os parafusos da minha cómoda…

Eu até diria que é melhor esperar sentado, mas não posso.

Continuou sem cadeiras livres…

Allex